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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Investimentos bilionários prometem alavancar a infra-estrutura do Rio de Janeiro

A realização de megas eventos no Estado do Rio de Janeiro vai alavancar não só a Cidade do Rio, como o país. A opinião é do secretário Especial da Copa 2014 e Rio 2016 da Prefeitura, Ruy Cezar, para quem os investimentos previstos, da ordem de R$ 23 bilhões, começam a ser implementados ainda neste ano, principalmente na área de infra-estrutura, excluindo o custo da realização dos eventos e da construção de estádios.

"A infra-estrutura diz respeito ao transporte, meio ambiente e ao desenvolvimento social. São intervenções fortíssimas que começam ainda neste ano na cidade do Rio, com a licitação da integração da chamada BRP, que vai ligar a Barra da Tijuca à Penha e ao aeroporto internacional Tom Jobim, a ligação C, que liga Zona Oeste, Santa Cruz, à Barra da Tijuca. Paralelamente a isso, já estamos desenvolvendo dois outros estudos de intervenções que é um transporte rápido vindo de Santa Cruz ao Centro da cidade pela avenida Brasil e a integração da Zona Sul com a Barra da Tijuca através de metrô e linha segregada de transporte coletivo".
Ruy Cezar, que participou do debate As oportunidades para o Comércio com a realização de megas eventos esportivos, realizado na sede da ACRJ, fez questão de ressaltar que o esporte está conectado a todos os segmentos econômicos, seja de natureza comercial ou de serviço. Segundo ele, qualquer atividade pode se encontrar um link com o esporte. Citou como exemplo as telecomunicações, informática, marketing, industria de vestuário, calçado, a medicina esportiva, aparelhagem esportiva, profissionais de educação física, profissionais da área de medicina, indústria farmacêutica, indústria de tecnologia, e outros.

"Tem-se um link com todas as atividades. E aí cabe ao empresariado identificar e aproveitar essa oportunidade para tirar benefícios desses megas eventos. Os investimentos tem data certa para iniciar e data certa para terminar. Portanto, é uma questão de decisões estratégicas de cada um no seu ramo empresarial".
O secretário disse ainda que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) elaborou um estudo para o governo federal mostrando a viabilidade dos investimentos e do retorno. Só para a Copa do Mundo, de acordo com ele, o estudo mostra uma indicação de geração de cera de 160 mil empregos no Estado do Rio de Janeiro.
"Com isso, se aumenta a renda da população, aumenta a oportunidade de consumo, aumenta a demanda para a indústria e o comércio para atender a essa nova demanda. E, com isso, se inicia um ciclo de energia", comentou, acrescentando que a cidade de Barcelona, na Espanha, tem um projeto pós realização das Olimpíadas de 100 anos de aproveitamento de oportunidades.

Já o presidente do Conselho Empresarial da Associação Comercial do Rio de Janeiro (CRJ) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-RJ), Aldo Gonçalves, que também participou do evento, aposta na realização desses mega eventos para alavancar ainda mais as vendas do comércio. No entanto, lembrou que a cidade enfrenta muitos problemas como a violência e a precariedade no transporte público.
"É claro que esses eventos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, beneficiam muito. Primeiro, eleva o astral da população do Rio, onde o carioca passou por momentos bem deprimidos como as enchentes e a violência. Agora, com esses eventos, o ânimo do carioca cresce e isso é bom para o comércio. Além disso, traz muito investimentos e o nome da cidade do Rio se projeta nacionalmente e internacionalmente. Isso sem mencionar o turismo, que vai crescer muito. É excelente em todos os aspectos".
O presidente do CDL-RJ acredita que o comércio do Rio irá se beneficiar muito desses investimentos. Ele estima um crescimento nas vendas em torno de 30% no mínimo. "Temos a expectativa de gerar mais de 100 mil empregos no comércio. E no geral, em todos os segmentos econômicos, acredito que esse número deve subir para algo em torno de 1 milhão de novos empregos".

Aldo Gonçalves fez questão de frisar que há muita coisa ainda para ser feita. Citou como exemplo, o transporte e a infra-estrutura, que na sua opinião precisam melhorar muito. Isso sem mencionar a violência, tem que ser combatida urgentemente. "Está melhorando, mas precisa melhorar muito mais. Isso é um ponto negativo. Esperamos que os governos tomem as medidas para corrigir esses pontos negativos", disse, acrescentando que as vendas de fevereiro registraram crescimento de 2% se comparadas com igual período do ano passado.

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